quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Língua Portuguesa. Ou no que resta dela.

Recebi um texto primoroso falando sobre os modismos na Língua Portuguesa. Ou no que resta dela.
O texto fala sobre: disponibilizar, inicializar, viabilizar e outros tantos que, de um tempo para cá invadem o idioma. È do mesmo autor de “O futuro do Gerúndio”.
Há mais! Noto que ninguém põe mais nada em lugar nenhum. Todo mundo coloca. Há também os plurais de substantivos cujo sentido já é plural: materiais, tecnologias. Penso mesmo que Materiais e tecnologias juntos devem produzir boas parafernálias, para se poder estar inicializando alguma coisa para colocar em algum lugar. Lugar!? NÃO! Local. Lugares também não existem mais. Aliás, falando em existir, apreciaria muito se algum professor de português explicasse aos repórteres que haver e existir não são perfeitamente sinônimos. E também que há verbos TRANSITIVOS E INTRNSITIVOS, e que, portanto, aguarda-se alguém e não  por alguém . . E não qualquer professor, já que ouvi de um este primor ”as pessoas devem conhecer o local onde estão localizadas”. Onde moram devem ser muito vulgar...
Repórteres de rádio e televisão são especialistas em criar modismos. Não sei se o idioma não é bastante bom para suas altas capacidades. O ferido não é medicado no hospital. Ele é medicado ao hospital. Quando não junto ao hospital.

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