terça-feira, 5 de abril de 2011

Gostaria de usar um tempinho para falar a seu respeito. Como eu sei sobre você? Num nível elementar, você não é diferente de mim. Não me refiro às suas realizações ou ao seu potencial, ou às coisas pelas quais você já passou. Mas, como seres humanos – o que você é e eu também sou –, existe algo que nós temos em comum.
Eu estou vivo; você está vivo. Um alento pulsa em mim; um alento pulsa em você. Seu anseio é pela felicidade, independentemente dos meios pelos quais você a busca. Felicidade, alegria, paz – são suas aspirações, compõem também meus anseios. Portanto, falo a você nesse nível fundamental, não como perito, um pregador, nem mesmo como um professor, mas de um ser humano para outro.
Estamos em meio a um inacreditável tornado de mudanças. Tudo à nossa volta está num contínuo estado de mutação. Pensamentos, ideias, percepções mudam. E você muda – muda e muda – tudo isso enquanto tenta lutar contra as mudanças. Talvez em algum momento de sua vida, você chegue à seguinte conclusão: basta de combater as mudanças – deixe que venham.
No meio de todas essas mudanças, poderia haver algo que não muda? Você não está errado em perseguir essa coisa que não muda. É inato em você essa busca, para que possa ter algo chamado estabilidade – poder reconhecer a mudança e, contudo, manter a dignidade de ser quem é.

 

Quem é você? Você foi incrivelmente abençoado por ter esta vida. Isso é muito mais do que você pode perceber. Muita gente diz: “Eu sou eu. Fiz isso; fiz isso. Não é grande coisa”.
Bom, deixe-me dizer, você é totalmente único. Não há ninguém como você na face desta Terra e, na verdade, você sabe disso. Seu jeito de sorrir, de olhar, a forma de pensar, rir, chorar, andar, a forma de saber e de não saber – é completamente única. Quando você se for, nunca será substituído – jamais.
O milagre é que essa respiração está chegando a você e você está vivo. Pode pensar, entender e sentir. Esses são os milagres, e estão acontecendo dentro de cada ser humano.
Quando o sol nasce ou se põe, desperta a apreciação e você diz: “Que lindo”. Quando uma guitarra é tocada em sintonia com um sentimento, ela desperta algo em você. Agora, deixe-me perguntar: é possível que você também tenha dentro de si a paz, mas não encontrou aquilo que a desperta? Poderia ser assim tão simples? Sem nenhuma conferência mundial? Sem líderes se reunindo e fazendo propostas de paz?
Estou dizendo que a paz já está dentro de você, que aquilo que está buscando você já tem. Será que você é mais completo do que consegue perceber? Será que a paz foi colocada aí, bem no seu coração, para que assim você saiba onde encontrá-la?

 

Você precisa é do tambor da clareza tocando em sua vida, que irá despertar o ritmo da paz. Seus bens não são as coisas que você acha que são – seus bens verdadeiros são a sua clareza – sua consciência, sua capacidade de entender a paz que está em você. Esses são seus bens. Sem eles, sem o reconhecimento do divino que reside em você, irá buscar e buscar e buscar. E, quanto mais procurar, mais desapontado ficará.
Tudo o que estou afirmando, você já sabe, e não porque alguém lhe falou, mas pelos fundamentos que existem em cada ser humano – por aquilo que você realmente é, não por suas ideias.
A paz é uma realidade. A alegria que está dentro de você é uma realidade. Do que você precisa? Precisa que alguém lhe mostre o caminho interior, alguém que possa colocar um espelho na sua frente para que veja quem você é. Trata-se realmente de enxergar. Você pode escrever um livro sobre a água ou sobre um copo. Mas saciar a sede é uma experiência que você terá que ter.
O que você está buscando está em seu interior.  É isso. É simples, é belo – por natureza – pelo fato de você estar aqui. Entenda essa simplicidade, essa beleza, o que significa estar vivo. Aprenda a desfrutar do mais agradável. Esteja realizado nesta vida.
(desconheço a autoria)

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