sábado, 18 de dezembro de 2010

Literatura infantil

Literatura infantil

Nos anos cinquenta, os “Gibis” eram execrados. Seriam eles os responsáveis pelas deformações de caráter que alguém viesse a desenvolver. Li-os aos potes; gostava de quase todos, mas tinha meus heróis. Cavaleiro Negro, Fantasma, Mandrake, e outros. Até onde sou capaz de ver a mim mesma isso não me tornou um adulto pior.
Na década seguinte, uma certa corrente da Psicologia houve por bem banir as histórias de fadas.
Eram as pobrezinhas responsáveis por traumas diversos. Eu, praticamente aprendi a ler em livros de contos de fadas, e isso, volto a repetir-até onde sou capaz de ver-me a mim mesma - não me deixou nenhuma seqüela. A meu ver, uma criança bem orientada sabe perfeitamente distinguir a fantasia da realidade.
A alguém cuja cabeça não esteja no lugar, até a religião pode fazer mal. Haja vista os excessos cometidos por alguns Inquisidores.
Noto em livros infantis, o tratamento da criança como se ela fosse débil mental. Não acredito em nivelar por baixo, que é o que se faz quando se suprimem palavras consideradas “difíceis”. Tem-se que mostrar o “difícil” para instigar a curiosidade. Assiti a uma palestra, que se falava de como certas expressões são usadas há séculos, e como nem sempre quem as usa sabe o motivo histórico do surgimento da expressão e isso, essa ignorância, vem do fato de as crianças não lerem. Aos dez anos eu já conhecia alguma coisa de mitologia grega, por quê? Porque li Monteiro Lobato na infância. E esse fantástico autor dava-nos uma visão geral da História do mundo de um modo extremamente didático, mas de uma didática gostosa, do tipo que torna fácil o aprendizado de qualquer coisa.


Olga

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