sábado, 18 de dezembro de 2010

Sobre o existencialismo



Não pode haver verdades. Ha que haver somente VERDADE.  Pois se houvesse uma verdade para cada um, tudo seria permitido.

Ouvi ontem uma palestra de um psicanalista que disse não ser filósofo, mas interessar-se pelo existencialismo. Disse coisas interessantes, que vou relatar e ao final farei um comentário sobre essa corrente filosófica.
Achei interessante ele dizer que Auto-ajuda não é receita de bolo. Assim sendo, os livros de auto-ajuda ajudam mesmo é aos seus  autores..
Cada um tem que inventar a SUA receita, para buscar, não a sua verdade, mas a Verdade para si, uma vez que para ajudar-se, precisa ter a percepção de si mesmo.
Não há como acabar com a Angústia que é inerente ao ser humano. Sempre nos perguntamos, e continuaremos a nos perguntar pela eternidade afora, Quem sou? De onde vim? Para onde vou? O que faço aqui?
Para a pergunta: O que faço aqui? Heidegger tem a seguinte resposta: Sou aquilo que faço no mundo em que vivo.
E para a pergunta Quem sou? Fernando Pessoa diz: Que sei do que serei, eu que não sei o que sou.
Para onde vou? Para os filósofos cartesianos o homem vai em busca de si mesmo até a morte que é a única certeza que temos. Para os filósofos cristãos, como Kirkegaard, o fim último é a transcendência. Escolhemos a resposta que mais nos agrada?--
Neste nosso mundo pós-moderno, no qual tudo são facilidades, o homem sente essa mesma angústia, porém, penso que não a situa e nem a verbaliza. Ou sequer pensa-a em nível consciente. Sente apenas que algo não está bem para si.. Não há um olhar para dentro que lhe permita enfrentar-se. E tentar encontrar a sua essência, que é basicamente buscar o sentido de tudo o que ele vive e perseguir-se a si mesmo. Nunca estaremos prontos; a característica básica do homem é que ele é um Vir-a-ser. Há que haver muitas renúncias para conquistar-se a si mesmo. È profundamente angustiante ter que fazer escolhas e assumi-las perante si mesmo. È tão mais fácil ser guiado. Não precisamos fazer escolhas e assim nos livramos de ter que assumir tomadas de posição que nos conduzirão a erros ou acertos, e que serão de nossa inteira responsabilidade.

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